Buscadores favorecem a pirataria

 

Não só no Brasil, mas em todas as partes do mundo, muito se fala sobre a segurança na informação de dados - ao mesmo tempo em que a produção de conteúdo aumenta vertiginosamente a cada dia. Com acesso a qualquer tipo de informação, o usuário é envolvido de forma instantânea ao que está ocorrendo naquele exato momento, seja onde for. No entanto, até que ponto todo esse conteúdo é de qualidade? Até que ponto essa produção em massa é segura?

Uma fria análise demonstra que boa parte do conteúdo disponível na internet é irrelevante e, até mesmo, falso, o que pode gerar resultados negativos para o usuário sem que ele saiba. São inúmeros os casos de pessoas que sofrem com as “pegadinhas” da internet. Recente estudo feito pela TeleSign aponta que 40% dos usuários da rede mundial já tiveram problemas de segurança na web.

Outro grande problema está para aqueles que produzem conteúdo de qualidade. Com a exigência cada vez maior por parte do público, é preciso investir em qualidade e material humano para se produzir conteúdo atrativo ao usuário. Mas como fazer isso sem ser roubado por piratas da internet?

Os segmentos que mais sofrem com essa problemática são os produtores de cinema, de música e de conteúdo adulto. Aí fica a dúvida: como oferecer um conteúdo desses de forma profissional, se quando colocamos nos buscadores como o Google, Yahoo e Bing algo relacionado a esses nichos, principalmente o adulto, as imagens que aparecem na maioria das vezes são aquelas pornográficas, sem relação alguma com o que usuário busca? Uma das alternativas encontradas por profissionais da área é a desindexação, por parte dos buscadores como o Google, de conteúdo irrelevante, para que se tenha uma entrega pautada por qualidade e não quantidade.

Como exemplo podemos citar o caso do Bella da Semana, a maior revista masculina do Brasil. O usuário acessa o Google e coloca o nome de uma modelo que o site lançou e que não era conhecida anteriormente, nem tinha fotos em outros sites, e o que o Google mostra na maioria dos links que aparecem por primeiro nos resultados são os sites pornográficos piratas que roubaram o conteúdo do Bella da Semana e de outros sites e revistas - inclusive fotos íntimas roubadas do computador e de celulares das pessoas. Ou seja, a pirataria é o que mais se destaca nos resultados dessas buscas.

O mesmo ocorre com músicas e filmes. Se você buscar por “filme Titanic” nos buscadores, 90% dos primeiros resultados são sites piratas que possuem o filme ilegalmente e oferecem o mesmo de graça ao usuário. Além disso, muitas vezes você digita o nome de uma pessoa qualquer ou até busca por outros assuntos e nos resultados aparecem pessoas nuas ou fazendo sexo.

Quer outro exemplo? Faça uma busca por “Carolina Dieckmann nua”. Aparecem centenas de sites mostrando as fotos roubadas do celular da atriz, conteúdo que ela até hoje não conseguiu remover da internet.

Quando as pessoas acessam esses sites sugeridos pelo Google, pelo Yahoo e pelo Bing, elas correm o risco de seus computadores ou celulares serem contaminados por vírus ou spywares, assim como aconteceu com Marcela Temer, esposa do presidente do Brasil, que teve fotos e diálogos pessoais roubados de seu celular.

Com base nisso, pergunto: se essas fotos fossem suas, o que você faria?

Em países da Europa, por exemplo, já existem formas de tentar erradicar esse problema. O chamado “Direito ao Esquecimento” dá aos cidadãos europeus a opção de requisitarem aos buscadores da internet a remoção de determinados conteúdos quando entenderem que os mesmos são imprecisos, irrelevantes, inadequados ou até mesmo excessivos para o próprio processamento de dados.

Em resumo, os piratas da internet causam grande prejuízo - econômico para as empresas, e social para as pessoas. E, de certa forma, os buscadores acabam sendo os principais divulgadores e apoiadores da pirataria, uma vez que indexam tal conteúdo e ainda colocam o mesmo nas primeiras posições dos resultados das buscas.

Já passou da hora de buscadores como o Google, o Yahoo e o Bing passarem a utilizar um sistema melhor e mais inteligente para entregar ao usuário links para conteúdos de qualidade e relevância, e de tirarem dos resultados da busca de forma definitiva todos os sites de conteúdo pirata.

 

Alexandre Peccin
www.belladasemana.com.br

 

Publicado em: 05/12/2017

Última atualização: 07/08/2025

8 comentários

Veja todos os comentários
Frédéric escreveu em 09/01/2025 Responder
COMPLETELY agree with your opinion regarding the illegal massive downloading. And the easy way to find what we want without any money by stealing what we want with the famous engines. And these companies are very rich and make money with a discusting referencing. And in France these companies did not pay they taxes!!! I am pretty sure that Bellaclub pays its own taxes in Brasil... Sorry for my bad English, I am just french:)
Smit escreveu em 30/11/2017 Responder
Very true, all of it. I\'d like to point out though: Not living in Brazil myself, I have become a happy member only after having come upon "stolen" pictures from Bellaclub on some other site. These stolen pictures led me to Bellaclub where I then became a member in order to be able to enjoy fully all the quality shoots Bella has to offer.
Ricardão escreveu em 09/01/2025 Responder
Existem os dois lados da moeda. A dificuldade está em saber o que pesa mais, os pontos positivos ou os negativos. Eu sou mais um exemplo de assinante que descobriu o Bella por meio de sites piratas. Eles divulgam, mas também tiram muitos assinantes, por disponibilizar o conteúdo pago. Algumas alternativas seriam os próprios sites investirem mais em divulgação, não só na internet, mas em propagandas em canais adultos, revistas impressas de interesse masculino, por exemplo. Fazer parceria com marcas de roupas, por exemplo: fazer um ensaio "patrocinado" por uma determinada marca de lingerie, usando exclusivamente essa marca. Isso permite ainda o adicional da própria marca divulgar suas lingeries com modelos do Bella, "marca X, a lingerie das Bellas". O site ganha patrocínio para divulgar a marca, divulga os locais onde ela pode ser adquirida e a marca ganha uma propaganda focando na divulgação de suas linhas mais sensuais. Imagine uma foto do Bella como propaganda de lingerie na página de revistas impressas, com o link do site no rodapé da página. O mesmo vale para os calçados. Eu só prestei mais atenção na marca Schutz por ter visto seus calçados emoldurando os pezinhos das bellas e até presenteei minha namorada com eles graças ao Bella. Pensem nisso, inovem, saiam do padrão. Até o governo pensa em parcerias com o setor privado. Quanto à pirataria, eu assino porque para mim, se depender do "brasileiro padrão", ele não pagaria por conteúdo disponibilizado gratuitamente em sites piratas. Mas esse "brasileiro padrão" não se conscientiza de que sem dinheiro, o site vai falir. Eu acho que, no momento, vale à pena assinar o site, as mensalidades são baratas. Recomendo aos amigos que visitaram, mas não assinaram o site: assinem. Experimentem, façam uma assinatura de um período curto, paga no boleto para que não haja a renovação automática no cartão. Se acharem que não vale a pena, não assinem mais. Eu acho que vale e recomendo. Todos querem mais modelos, mais ensaios, mais ousadia, mais fotos, mais qualidade. Desses que exigem, quantos colaboram com o site?
SgtCasper escreveu em 30/11/2017 Responder
Alexandre, o Google já tem 8532 processos na justiça com essa sua reclamação. A culpa não é dos buscadores que apenas indicam ONDE encontrar este material. A culpa é dos sites que HOSPEDAM o conteúdo pirata, é o imageshack, o imgbox, megaupload, rapidshare, 4shared, Xavier e por aí vai. Assim que o conteúdo pirata é removido, o Google para de indicar onde encontrar o conteúdo do Bella. Quer um exemplo, eu achei um site com 8532 making ofs do Bella, inclusive de ensaios que já saíram do ar e achei sem o Google. Sem falar de torrents, que é por onde a pirataria rola e não depende do Google. Sim, eu lamento a pirataria digital tanto quanto você.
PhotoRetoucher escreveu em 30/11/2017 Responder
Eu entendo o lado de vocês, mas discordo no seguinte ponto: a culpa é dos indexadores de conteúdo. "buscadores" como vocês chamam, prestam um grande serviço a internet, eles facilitam o acesso ao conteúdo de qualquer um. Dizer que eles "colaboram com a pirataria" não é 100% verdade: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/10/google-comeca-esconder-sites-que-disponibilizam-conteudo-pirata.html http://link.estadao.com.br/noticias/geral,google-remove-1-milhao-de-links-piratas-por-mes,10000035544 http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2755628 O trabalho é feito, mas, há uma desproporcionalidade entre o tamanho do google/bing/yahoo e o real problema: aqueles que distribuem conteúdo de maneira ilegal. Aproveitando a temática do Capitão América "Cut down one head, two more shall take its place, hail hydra". Você derruba um, mais dois aparecem, depois 4, depois 8, depois 16 e em 20 interações esse número se torna exponencialmente ridículo. Então de quem é a culpa? de quem disponibiliza, dos servidores de hospedagem (que apesar de terem clausulas anti-pirataria nos seus termos, não fiscalizam o conteúdo), dos indexadores de conteúdo (eles não são isentos, mas por a culpa toda neles é incorrer em erro), dos próprios usuários que solicitam e vão atrás desse tipo de conteúdo porque é "di gratis" (enquato houver demanda, vai ter gente fazendo). Fora que há todo um debate em relação a conteúdo adulto e pirataria que adiciona um extra no assunto que renderia muitas páginas. O site de vocês cresceu bastante (acompanho desde 2001) e inevitavelmente viraria alvo disso. Talvez seja a hora de reservar parte dos lucros do site para um serviço de advocacia de direitos autorais, alguém encarregado de caçar, reportar, e se preciso processar aqueles que distribuem o conteúdo.
Anônimo escreveu em 30/11/2017 Responder
Pra me a pirataria não causa um grande prejuízo as empresas de conteúdos de músicas, filmes e sites adultos. Os fãs desses conteúdos ajudam bastante as pessoas a verem músicas, filmes, sites adultos se gosta eles compram os conteúdos pra usufruir. Esses são os termos!
vanderlucio escreveu em 09/01/2025 Responder
É estranho, nao concordar com a pirataria, e usufruir dela. Eu vou falar por mim, e sei que outros aqui chegaram através de sites piratas. Só fui conhecer bella da semana olhando sites piratas. E hoje sou assinante do site. Vi q valia muito o investimento. Como disse o colega abaixo..tendo material de qualidade nao tem o porque de consumi a pirataria. Seria muito mais barato continuar com a pirataria. Nao compensa. Mas posso afirmar q uma base boa de assinantes veio de la. Atrapalha.....mais também pode ajudar. Abraços.
Samuel escreveu em 30/11/2017 Responder
Realmente a pirataria é um grande problema, se consegue conteúdo ilegal facilmente. Acho que enquanto isso não é resolvido uma das formas que sites de conteúdo adulto estrangeiros fazem é investir na qualidade das modelos e em nova tecnologias como 4K, realidade virtual e fotos com uma qualidade excelente, além de ter uma boa variedade de modelo e uma boa frequência de ensaios ou cenas, enfim sempre mantendo a qualidade ou superando. Na minha opinião é necessário que o site invista principalmente na qualidade da modelos, material de excelente qualidade técnica e se possível artística, mas melhor que tudo isso é no mínimo manter a qualidade do site já que a queda de qualidade também faz com que os sites adultos não tenham novos assinantes e percam os que tem.
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