A série Chernobyl da HBO trouxe de volta uma das maiores tragédias do século 20, a explosão da usina nuclear de Chernobyl em 1986. Com sucesso absoluto, o número de turistas na cidade de Pripyat na Ucrânia cresceu dando espaço para novos negócios.

Assim surge Atomik, a Vodka produzida com grãos colhidos na zona de exclusão do reator atômico. Ela foi apresentada por cientistas britânicos e ucranianos - eles garantem que a bebida é livre de radioatividade.

A única garrafa da vodka de Chernobyl produzida até agora, é resultado de uma pesquisa de três anos sobre a transferência de radioatividade para produtos agrícolas plantados e colhidos dentro da área de maior contaminação radioativa ao redor da antiga usina.

O processo de destilação reduziu as impurezas dos grãos, ao final do processo a bebida ficou com a mesma qualidade de qualquer outra vodka. O álcool foi produzido a partir da fermentação dos grãos com a água de um poço próximo ao reator (essa água tem fontes semelhantes à fonte de Champagne, na França). 

"É a garrafa de álcool mais importante do mundo, já que vai ajudar no progresso das comunidades que vivem na zona acidentada e nos seus arredores", afirmou o cientista Jim Smith. A comercialização será em pequena escala e três quartos do seu lucro destinado à comunidade local.


Um bar de coquetéis no centro de Londres que possui apenas uma garrafa disponível, descreveu suas qualidades: "É mais uma bebida destilada de cereais do que uma vodca, por isso tem muito mais notas frutadas - você consegue saborear o centeio", diz Sam Armeye, do bar Swift. O valor do drink ainda não foi divulgado.