O Grande Circo Fora de Campo: A política da bola

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O Flamengo protagonizou a sua "guerra fria" com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O clube carioca, em nota oficial, criticou veementemente as mudanças unilaterais no calendário, alegando que a nova programação "desrespeita o esporte" e cria um "desequilíbrio na competição". O ponto de humor aqui é a pureza da ingenuidade: a CBF, que historicamente tem dificuldades em organizar uma agenda coerente, agora se apresenta como a salvadora do futebol nacional. A entidade justificou a inversão das datas da Copa do Brasil e do Brasileirão como um "favorecimento ao futebol brasileiro" e afirmou ter recebido "vários apoios de outros clubes," incluindo Palmeiras e São Paulo.

A questão, no entanto, não é sobre a data em si, mas sobre o poder. A manobra da CBF, que beneficia a maioria com férias estendidas e uma pré-temporada mais curta, coloca o Flamengo em uma posição de isolamento estratégico. Os rivais que "apoiam" a decisão, na verdade, se beneficiam da disputa. O futebol brasileiro, no fim das contas, é um jogo de xadrez de bastidores, onde cada movimento tático fora de campo vale mais do que qualquer jogada dentro dele.   


Dérbis, Empates e a Confusão de Sempre

A 22ª rodada do Campeonato Brasileiro 2025 nos presenteou com os resultados que todos esperavam: empates com gosto de derrota para os mandantes, polêmicas de arbitragem e a confirmação de que, no fundo, a maior parte do drama acontece nas arquibancadas.

O sétimo e último clássico entre Corinthians e Palmeiras na temporada terminou em 1 a 1, com gols de Vitor Roque para o Verdão e um gol contra de Piquerez para o Timão. No entanto, o que marcou o jogo não foi o placar, mas a vaia estrondosa da torcida corintiana. A vítima? O ex-goleiro Carlos Miguel, agora no Palmeiras. Ele foi chamado de "mercenário" pela Fiel, que, em sua lealdade implacável, preferiu entoar o nome de Hugo Souza, o atual arqueiro alvinegro. A reação dos torcedores, ao rotular um profissional de "mercenário" por ter feito uma escolha de carreira, revela o quanto o mito do "amor à camisa" ainda está vivo. A ironia é que a devoção cega chega a ponto de exaltar o que é mediano para protestar contra um talento que um dia "traiu" a causa. O clássico não é um jogo, mas uma declaração de valores, e a vaia foi o grito mais eloquente da noite.   

Em outra partida, o líder Flamengo empatou em 1 a 1 com o Grêmio no Maracanã. O resultado, no entanto, foi ofuscado pela atuação do árbitro Paulo César Zanovelli. A torcida do Flamengo se sentiu "roubada" duas vezes: por um pênalti supostamente não marcado a seu favor e pela marcação de uma penalidade a favor do Grêmio que garantiu o empate. A revolta da torcida se estendeu à punição de Léo Ortiz com o terceiro cartão amarelo e às críticas ao lateral Ayrton Lucas, que cometeu o pênalti. A cada rodada, a arbitragem do Campeonato Brasileiro se torna uma espécie de força caótica, um deus do caos que decide os rumos da competição de forma inexplicável. Para os torcedores, essa é a explicação para qualquer tropeço, uma forma de transferir a culpa e manter a narrativa de que o time é, na verdade, perfeito, mas prejudicado por um sistema.


A resenha completa da rodada 22

A 22ª rodada do Brasileirão 2025 foi uma verdadeira montanha-russa de emoções, piadas e, claro, resultados que desafiam qualquer lógica. Uma rodada para a gente rir, chorar e, acima de tudo, se perguntar se o futebol brasileiro é uma competição ou uma peça de teatro. Aqui está o resumo das peladas da semana!


Sábado, 30 de Agosto

  • Ceará 0 x 1 Juventude: O Ceará resolveu que a melhor forma de se manter na elite é fazendo caridade. O Juventude, precisando desesperadamente dos três pontos, agradeceu o presente e venceu fora de casa, mostrando que a fé move montanhas, ou, nesse caso, empurra um time para fora da zona de rebaixamento. Um verdadeiro conto de fadas, só que com chuteiras.   
  • Botafogo 4 x 1 Red Bull Bragantino: O Botafogo, que vinha com o passo trocado, resolveu mostrar que ainda se lembra de como se joga futebol. O ataque alvinegro estava on fire e o placar, um massacre digno de um dia de azar do Red Bull, foi o resultado. Fica a pergunta: será que os energéticos do Bragantino estavam fora da validade?.   
  • Cruzeiro 1 x 0 São Paulo: Em uma partida que mais parecia um estudo sobre a paciência, o Cruzeiro fez o dever de casa e venceu o São Paulo com a eficiência de um gol de centroavante. A vitória foi magra, mas o suficiente para calar a boca de quem duvidava do time celeste.   

Domingo, 31 de Agosto

  • Flamengo 1 x 1 Grêmio: O Flamengo, o time do povo e das polêmicas, empatou em casa com o Grêmio, que resolveu jogar por uma bola. A torcida rubro-negra, que já estava com o grito de vitória engasgado, resolveu canalizar a raiva para o árbitro, que para eles, "roubou" o jogo. A ironia? O gol do empate do Grêmio veio de um pênalti, para a alegria da nação tricolor.   
  • Santos 0 x 0 Fluminense: O que acontece quando um peixe e uma múmia se encontram? Um empate sem graça. O Santos, estreando seu novo técnico, Juan Pablo Vojvoda, tentou, lutou, mas não conseguiu marcar. Nem mesmo a presença de um certo craque que adora uma festa foi suficiente para balançar as redes. Um zero a zero que fez muita gente dormir no sofá.   
  • Corinthians 1 x 1 Palmeiras: O Derby paulista, que já virou clássico, terminou como de costume: em empate. O Palmeiras, com o artilheiro Vitor Roque, abriu o placar, mas o Corinthians, contando com uma ajudinha do adversário, empatou o jogo com um gol contra do Piquerez. A torcida do Timão, em sua sanidade habitual, preferiu vaiar o ex-goleiro Carlos Miguel do que comemorar o empate.   
  • Mirassol 5 x 1 Bahia: O Mirassol, o queridinho da vez, resolveu provar que veio para ficar na Série A e não para cair, como alguns profetas previram. O Bahia, que parecia um time de várzea, levou uma goleada humilhante e viu o sonho de encostar no líder virar um pesadelo. Uma vitória que valeu por três e que deixou o Leão na parte de cima da tabela.
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  • Vitória 1 x 0 Atlético Mineiro: O Vitória, foi o único da Bahia que se deu bem. Deu uma de mineirinho e “comeu quieto” o Galo em um jogo fraco q protocolar. O Atlético Mineiro que busca novo técnico, depois da saída conturbada de Cuca.      
  • Sport 2 x 3 Vasco: O Vasco, com a corda no pescoço, resolveu não esperar a sorte bater à porta. Logo aos 8 minutos, Nuno Moreira abriu o placar para o Vascão, provando que nem tudo está perdido. Mas o Sport, que vive na lanterna do campeonato, mostrou que é teimoso. Aos 25, o Leão empatou com um gol de pênalti de Lucas Lima. A alegria durou pouco, porque Philippe Coutinho, com um toque de classe, devolveu a vantagem para o Vasco antes do intervalo. No segundo tempo, a situação se repetiu. O Vasco teve mais um pênalti a seu favor, convertido por Vegetti, para a alegria dos corajosos que ainda assistem aos jogos do time. O 3 a 1 parecia um alívio, mas o Sport não se rende fácil. Ramon Menezes, aos 74, diminuiu a vantagem e colocou um susto no coração do torcedor cruzmaltino. No fim, o Vasco, no sufoco, segurou a vitória e garantiu três pontos importantíssimos que o tiraram da zona de rebaixamento
  • Internacional 2 x 1 Fortaleza: Para o Internacional, a vida nunca é fácil, mesmo quando ela deveria ser. O Colorado recebeu o Fortaleza em um confronto que, no papel, parecia uma batalha de titãs da parte de baixo da tabela. O resultado? Uma sofrida vitória de 2 a 1 para o Inter que fez o torcedor colorado respirar aliviado. Aos 21 minutos, Alan Patrick, com a precisão de um cirurgião, converteu um pênalti e colocou o Colorado na frente. A gente pensou: "Pronto, agora vai!". O problema é que o time de Porto Alegre resolveu fazer uma pausa para o café. E, como diria um velho sábio, o futebol não perdoa quem relaxa. O Fortaleza, que estava quietinho, aproveitou o cochilo da defesa colorada. Aos 31 minutos, Lucas Prior, de cabeça, jogou um balde de água fria na festa, marcando o gol de empate. Naquele momento, o drama parecia inevitável, e a torcida, que já estava de pé, ficou sentada. A vida, às vezes, imita o futebol, e vice-versa. Para a sorte do time gaúcho e do coração dos seus torcedores, Vitinho, um dos jogadores mais polêmicos, resolveu resolver a partida e garantiu o placar de 2 a 1. Com a vitória, o Inter, que estava "precisando respirar", agora tem duas semanas de folga, antes do próximo jogo contra o Palmeiras, para se preparar e, quem sabe, encontrar a estabilidade que tanto procura.

Autor(a) : Emerson Gonçalves

Publicado em: 01/09/2025

Última atualização: 01/09/2025

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