Tudo nessa vida em um limite. E talvez você já tenha ouvido essa expressão diversas vezes por aí (principalmente do pessoal mais velho). Mas a gente sempre precisa admitir que os mais velhos são os mais sábios. Porque essa é uma verdade da vida!

Eu sempre gosto de trazer algumas experiências pessoais, tanto minhas quanto de amigas e amigos, para esta coluna. Afinal, a “vida como ela é” é que nos dá os melhores e mais claros exemplos e ensinamentos. Na minha faixa etária a maioria das mulheres está em duas das grandes indecisões do mundo feminino: ter ou não filhos, ou então, ter o segundo filho. Eita decisão difícil gente!

E aí eu começo a lembrar de uma porção de pessoas que conversaram comigo sobre o assunto. Algumas me perguntaram como é ter filhos, como é ter uma família, ter responsabilidades diárias, ter uma pessoinha neste mundo que depende de você pra tudo. Depende de você até pra depender de outra pessoa. As pessoas são muito curiosas em relação a este assunto. Depois de um tempo você encontra essas pessoas completamente transformadas, realizadas, ainda que cansadas e na corrida por uma vida melhor. Mas felizes por ter uma família.

Algumas pessoas se escondem atrás de uma decisão. Escondem seus reais motivos. Tenho uma amiga que sempre nos convenceu que não queria ter filhos, que queria viajar o mundo, curtir o namorado e depois marido sempre, sem ter preocupações. E então todos diziam que uma hora aquela vontade cessaria, que uma hora você vai parar, e questionar outros aspectos da sua vida. Será que era uma vontade desta pessoa, ou do cônjuge? Ou havia algum problema que impedia a família de crescer? Alguns anos depois a família ganhou um integrante e seguem felizes e apaixonados pelo novo momento.

A convicção que nossos ideais são sempre os mais adequados e a falta de humildade para parar e prestar a atenção no que os outros tentam nos ensinar pode mudar todo o curso de uma vida. Pena que a gente só aprende isso na maturidade, quando já fez bastante besteira e quebrou muito a cara por aí. Eu, você e todos nós. Há vezes que sabemos que estamos fazendo algo que não vai dar certo e ainda assim continuamos. Talvez vergonha de admitir que estamos errados, ou orgulho de não desistir e fracassar. 

Tem gente que passa a vida toda sem investir em um teto. Viaja, vive bem e confortavelmente os melhores momentos de lazer, não dispensa bons restaurantes e roupas incríveis. Ao passo que outros mal conseguem sem vestir direito, seus celulares são antigos, os carros bem rodados. Mas seguros nos seus lares, nas suas economias. Existe um balanço entre tudo isso? Acho que depende muito das emoções. Do que move cada pessoa. Tem quem goste de viver das duas formas. Mas em ambos os casos, você vai parar e pensar. 

A pausa é importante para toda e qualquer reflexão. Sua ou de um amigo, de um irmão, de um filho. As alternativas, as oportunidades, as perdas, os danos. Tudo que está ligado a uma decisão deve ser refletido, e não há nada melhor que poder contar com alguém neste momento. Muitas vezes que precisei decidir algo foram pessoas bem aleatórias que me deram os melhores conselhos, que me fizeram refletir e decidir. Afinal, a vida é feita de provações. Cabe a nós a decisão.