Aquela conferida básica e inocente nas redes sócias pela manhã, que para alguns uma forma de entretenimento, para outros uma maneira de se atualizar com conteúdos de trabalho, pode ser uma ruína! Mas para a grande maioria é aquela espiadinha para saber o que os amigos ou quem seguimos estão fazendo. E em tempos de “vida virtual perfeita”, pode estragar o dia de quem não está com os seus valores em dia.

Há quem adore postar tudo que acontece na sua vida nas redes, quase que um diário virtual, no qual as pessoas mostram o que comem, onde trabalham, onde moram, o que fazem durante seu ócio (que de ócio não tem nada). Mas tem gente que adora postar coisas incríveis, como super viagens, carros novos, parceiros ou parceiras perfeitos. Beira uma competição, onde vence diariamente as postagens com mais visualizações, já que as curtidas foram banidas de algumas redes por uma intervenção maravilhosa e dívida para diminuir o grau de inferioridade que as pessoas sentem ao se deparar com estes conteúdos.

Bom para as empresas que se abastecem em dois momentos: investindo em influenciadores que ajudarão que seus produtos ganhem mais espaço e para gerar consumo através dos seguidores destes influenciadores. Porém, nem todo mundo se beneficia com o mundo alheio e perfeito da galera por aí. Muitas pessoas se sentem deprimidas consumindo este conteúdo, comparando-se com suas vidas reais, quando mal sabem que muito do que é retratado não passa de personagens e histórias programadas. 

Tanta beleza, conhecimento, bom relacionamento, entre outros, é tão bem encenado que as pessoas realmente acreditam, e sofrem por não serem iguais. Filtros, cenários e muitos outros recursos para um resultado focado no conteúdo do cliente. Por isso, é sempre bom desconfiar daquilo que estamos vendo ou quem estamos seguindo.

E claro que nem tudo é fake news! Tem tanta coisa boa pra aproveitar na Internet, tanta gente do bem pra seguir, tantas coisas pra aprender e colocar em prática, que após um tempo, é um alívio deixar de seguir algumas pessoas que são nocivas para nós. E entenda, que nociva não é porque estão fazendo algo de ruim diretamente pra você, mas o que é bom demais pode nos deixar sim inferiorizados e nos fazer desvalorizar o que temos.  

E o tempo perdido? Você já contabilizou o tempo que perde nas redes sociais diariamente? Em alguns aplicativos você pode ver o tempo que fica conectado e é bem assustador. Tempo que você poderia estar produzindo material de trabalho, lendo, vendo algo mais interessante pra sua vida. Para alguns é como se fosse uma droga, um vício, algo que alimenta seu desejo interior. Existem psicólogos fazendo tratamentos para pessoas viciadas em redes sociais, assim como tratamentos para tratar dependência de álcool. 

Nos últimos tempos, tenho pensado bastante nisso e mudei alguns hábitos. Tenho escutado mais podcasts da minha área de trabalho, assim como deixei de seguir ou ocultei as publicações de algumas pessoas nocivas para o meu bem-estar. E pretendo fazer ainda mais. Isso faz um bem danado. Tem diversas possibilidades de ocultar o conteúdo, de maneira que você não deixa de seguir ninguém, mas não precisa estar olhando ou interagindo. Você pode deletar o ícone daquela rede social que desvia sua atenção da sua tela principal, assim, para acessá-la você precisará procurar na sua tela de aplicativos. Nem sempre o problema é emocional, ou seja, quando você não se sente muita legal olhando as atualizações e feed de outras pessoas, pode ser um problema de distração, resultando em perda de foco e produtividade, acarretando em tarefas não cumpridas ou mal feitas.

Hora de ponderar e decidir pelo seu bem-estar. Ninguém precisa saber dos seus sentimentos em relação a isto, mas você precisa se libertar de alguns padrões sociais. Então, comece a ser sincero com você mesmo e avalie o que te faz bem. Do contrário, dê unfollow e seja feliz!