Chega final de ano e lá vem aquela lista de compromissos tradicionais: festas com a família, encontros com os amigos, festa da firma, viagem de férias e muito mais. É tanta coisa que nem dá tempo de fazer tudo que queremos ou ainda que precisamos fazer. 

Nem sempre os compromissos de final de ano são os mais desejados, muita gente foge deles de verdade, alegando doença, outros compromissos e participando apenas do que é mesmo obrigatório. Não vou julgar ninguém, afinal também tenho a minha lista de compromissos de final de ano.

Vocês têm uma lista de desculpas para as festas indesejadas? Sempre que alguém me fala que não pode comparecer a algum local que eu também acho uma "roubada", eu penso se é verdade aquela justificativa. E às vezes as pessoas até esquecem que tem redes sociais e acabam postando o que estão fazendo por aí, depois de dizer que estão doentes ou ausentes por algum outro motivo. Eu sou professora de universidade, então vocês podem imaginar o que os alunos me contam nos dias de chuva intensa, nas aulas da noite de sexta-feira ou ainda em dias de provas e entregas de trabalhos.  

Depois de alguns anos sem precisar dar desculpas esfarrapadas, afinal a pandemia nos trouxe uma necessidade de ficar em casa ou no máximo com alguns familiares, as porteiras das festas se abriram e está tudo liberado! Festa de final de ano de todas as turmas de amigos, da empresa, dos dois lados da família, do condomínio, da academia, uma loucura, haja agenda e tempo para participar de tudo. Mas vamos nos lembrar que mesmo com essa quantidade de festas é necessário manter as regras e a postura né galera! Tenho visto vários vídeos nas redes sociais que dão vontade de chorar assistindo ao comportamento das pessoas soltinhas depois de um ano pesado e cansativo. Tudo bem que é hora de relaxar e descontrair, mas não descontrair totalmente como se tivesse em casa!

Aquela famosa lista (na maioria das vezes mental) de atitudes para o próximo ano não precisa esperar até janeiro chegar. Colocar em prática atitudes positivas e comportamentais é importante sempre, não apenas nas metas do primeiro mês. E a gente sabe que essas metas vão se diluindo e desaparecendo ao longo dos meses porque não se tornam hábitos, e sim obrigações. É comum a gente criticar as pessoas muito regradas e organizadas na vida, mas deveríamos aprender com elas a manter a constância. Ao invés de reprimir, entender qual o lado positivo de se organizar com a vida em geral, tanto no trabalho quanto na vida pessoal, e roubar umas dicas.

Atualmente, depois de alguns anos difíceis, onde perdemos pessoas queridas, precisamos repensar onde investir o nosso bem mais precioso: o tempo. Ao invés de estar em todas as comemorações, é impossível aproveitar ao máximo todas elas, escolher aquelas mais especiais e importantes e estar de coração nestes lugares. Sem ficar usando o celular durante as conversas, dando atenção aos mais velhos, como os pais, tios, sogros. Brincar e conversar com as crianças, comer com calma, olhar nos olhos das pessoas quando elas falam. 

Talvez seja sentimentalismo pela chegada do final de ano, mas no fundo uma verdade que temos sempre que levar em conta: não são dias a mais na nossa vida, são dias a menos para realizar tudo que queremos. Resumindo: não desanime por encarar mais uma vez as festas de final de ano e sim alegre-se de mais uma oportunidade de viver um final de ano!